sábado, 22 de setembro de 2007

Antonio Figueira

O AF assume o que distingue homens é tão só as instituições que representam e o nome que carregam. Escuso de desmontar a natureza elitista do pensamento. Julgar homens pela importância dos cargos que desempenham ou dos partidos que orientam é perfeitamente arbitrário e naturalmente absurdo. Aqui não está em causa a natureza unidimensional do ku-klux-klan. Para AF um grupo infame como o pnr jamais pode ser comparado a um partido de bom-nome como o BE. Um partido de gente nobre e civilizada embora os campos já não sejam os da dialéctica de Hegel mas os de milho transgénico. O que está por detrás de semelhante pensamento, mais do que uma expressão de elitismo, é a velha hierarquia que o socialismo criou. No topo, o socialismo que vinha restabelecer o reino dos céus, no meio os partidos social-democratas, num degrau abaixo conservadores e liberais, e no fundo, a sarjeta imunda da politica, os partidos fascistas. AF traz algo de novo: o partido fascista não é só uma vastidão de trevas, é uma casca de ovo vazia que jamais conheceu gema ideológica, uma claque de futebol, portanto. O que o leva a ignorar os filósofos que criaram o sumo ideológico a que os fascistas do passado e de hoje foram beber? desconheço, mas estes não vão desaparecer e estão ai à disposição de todos. É só abrir um livro que faça luz sobre o século XVIII e XIX.