quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Os sete samurais

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A politica é um assunto menor e so interessa diluida em um grau extremo. Começemos por isto: as reinvidicaçoes enfrentadas de esquerda e direita, este ismo e o outro, novos e velhos, respondem, reconfirmam de geraçao em geraçao, o que foi inicialmente impulso pessoal e espasmodica do desejo individual. Basta a isto a kurosawa. Mas ha aqui algo que falha. Um codigo moral, uma cultura de livros. O que seja. Nao interessa e sobretudo nao devia interessar. Como explicar este enclave de filisteus, o culto pagao ao poder e ao dinheiro, ou em concreto algo como as jotas - lamento mas sou enxertado de populista - que soa sempre a meio caminho entre o latrocinio e a pedofilia

ii

Alem fronteiras perguntam-me pela decadencia, as favelas - as favelas? - a miseria, como se nao soubessem que a europa termina em vilar formoso. Responde-se o melhor que se pode e como deus manda, glorias do passado e cinicamente as glorias do presente, e a rir-se como se isto importasse alguma coisa. Nao adianta. Eles nao leram almada, nao conhecem o socrates patrio e nem suspeitam da canalhada que se bamboleia no poder local. Esta é a outra tragedia, a tragedia colectiva. A mae de angustias que nao valem o anuncio