Todo o pensamento liberal no seculo xx levantou-se contra o fruir racionalista do tempo. De hayek a popper suspeita-se das frageis maos que tentam dirigir o colossal navio da historia. Que fazer? O poder das razao nao é ilimitado e nao é possivel de modo algum fazer uma ciencia causalistica sobre o desenvolvimento da sociedade humana. É escusado apontar a imperfeiçao moral e intelectual dos seres humanos. Toda a superestrutura – a linguagem, religiao, direito, a propria sociedade – nao tiveram um planeador cartesiano, uma equipa de positivistas, cientistas sociais a arder de entusiasmo e a urdir diligentemente a sociedade de “amanha”. Como fazem as multinacionais. Uma divisao de trabalho para o latim, outra para o direito, mais uma para adagios populares, outra a escrever os designios dos ceus. Franchisings da mcdonalds a servir um socialismo requentado e pronto a engolir antes de suspeitarem da existencia de marcuse. O aparecimento e evoluçao do mercado ou os solavancos da historia sao o fruto espontaneo do formigueiro humano – imunes a tentativas de explicaçao terminais e definitivas, podemos ausentar da caverna temporal mas pernoitamos nela. As instituiçoes sociais que chegaram aos nossos dias sao aquelas que sobreviveram aos estragos dos seculos. Nao houve paciente supervisao. Fazem parte de um processo de desenvolvimento inconsciente ou semiconsciente das sociedades e sao a expressao dos seus atributos que marcham num microcosmos circunstancial, atomos de um cosmos de fenomenos titanicos e que dao forma ao preterito e ao futuro e terraplanam epocas e civilizaçoes. Isto destroi a ideia de liberdade? Nao, somos criaturas de liberdades minimas porque lamentavelmente a historia nao começa connosco
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