quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Life goes on

O Nuno castro pede na caixa de comentários abaixo varapau no lombo. Lamento, mas vou declinar a oferta. Lombo esta semana só no forno e acompanhado por bom vinho.

Prometo-lhe contudo uma tareia medonha no dia que me cruzar com ele na rua. Um dia trágico para o casarão das letras lusas que verão o Nuno a escrever só depois de muita terapia em alcoitao, que isto quando dá porrada é como o chuck norris, com muitas piruetas e saltos mortais.

Enquanto o dia não chega vamos lendo, rindo e debatendo. Lança de lá o Nuno, tomado pela cólera: Nós conhecemos o arrazoado: os génios incompreendidos gostam muito de montar o circo do misantropo. E depois, o que é um jihadista convicto ao pé de um DLM galvanizado? Preparem as paragonas, porque o próximo Colombine vai ser algures entre Santa Maria da Feira e Vigo!

Nuno, sou individualista, hedonista, misantropo. Estou me marimbando de facto para a humanidade. Parte significativa da humanidade que eu conheci nunca mereceu me mais do que um escarro, no dia que se tornarem um nadinha mais humanos trato da papelada e converto-me em membro da espécie, até lá continuarei escrupulosamente liberal anarka. Cedo, não tenho nada contra os indivíduos, tenho tudo contra a multidão. Conheci em primeira-mão, na primeira pessoa, o género humano na sua forma colectiva, quantitativa e numérica, fundamentalmente ignorante, espessa na intolerância, primária na essência, a multidão não gosta de palavras complicadas, pensamentos elevados. Ponham um indivíduo no meio da turba e será imediatamente imbecilizado. O homem que se perde na horda recua à infância.

Como bom centurião marcho por uma causa. A minha causa. Bellum omium contra omnes. Na Alemanha nazi, na união soviética, no afeganistão pré-nato, acabaria fuzilado ou enforcado. Não gosto de ser fuzilado ou enforcado. Sou alérgico ao chumbo – ao que parece em excesso mata – e a corda ao pescoço é desconfortável. Não sou eu que procuro o conflito com a turba. A filhadaputagem persegue-me – permitam-me a demagogia. Convenhamos que o que foi, é, e será publicado na revista ou aqui na tasca trás a marca irascível dos velhos centuriões. Bárbaros no campo de batalha, urbanos na intimidade. Por detrás de um artigo de opinião ou postal, qualquer um é capaz, sozinho, ao pé-coxinho e com um braço engessado enfrentar o exército huno. Na vida privada, longe do teclado, fujo do conflito como se corresse para um lugar no pódio ou por uma medalha ao peito. A minha honra é vossa, façam dela o que vos aprouver.

Quanto a mais, aguardo a chegada do bacilo. A biblioteca está apinhada de gente, e a mais, hoje, é impossível comer do bom e a bom preço sem ter de abdicar da civilização. Se isto não é crime para lesar a pátria, ao menos, garantidamente, vai me lesando a paciência.

PS haja esperança, gente amante da humanidade, sócrates reúne-se hoje com o professor karamba, quando já se tinha reunido com o joe índio há dias, e está prestes a faze-lo com o chef do south park

PS 2 parece que não vai haver uma próxima na atlântico, suspeito que disse algum ofensivo no quagmire que foi o blog na ultima semana. Prometo penitenciar-me com uma ida a pé a fátima, de joelhos se for preciso, ou caso seja para isso, a beijar o pó. Se rezar o terço e acender uma vela em fátima não chega, então não esperam pela demora, levam com 6, 7, 20 postas com conteúdo para maiores de 18 – parental advisory explicit content. A Cancio, que ultimamente passa dias seguidos na horizontal e que disse deste escriba há um mês o que o ursinho de peluche sudanês não disse do toucinho, é bom que se vá preparando para me beijar os pés – ela que saiba que não os lavo há uma semana.

PS 3 o ps2 enferma por todos os lados como é obvio de hipeboles