sexta-feira, 14 de setembro de 2007

A figura em questão não tem um pingo de vergonha. Quanto a isso estamos conversados.

O jornal avante tem a mesma moralidade da venerável senhora, outrora prostituta e dona de um bordel, a respeito da conduta moral dos outros, ou seja, nenhuma.

A esquerda radical no século XX estendeu um manto de desculpas para um cosmos infernal de tiranias, censuras e campos de concentração. Justificou sem muito escândalo ou problemas de consciência um ror de massacres desde Angola ao Camboja, desde a união soviética a cuba, desde a Coreia do norte a Espanha. E em nenhum momento os comunas fizeram o necessário acto de contrição histórico. Enfim, paz às suas almas. Pois há muito que foram vendidas a bom preço

Mas vamos dissecar ponto por ponto o que ali é escrito:

Seis anos depois dos terríveis atentados que enlutaram o povo norte-americano e abalaram as expectativas de todos os povos do mundo num futuro de paz e solidariedade, o balanço dos resultados da política da Casa Branca pode ser expresso em duas palavras: destruição e morte.

Usando o mesmo argumento podíamos culpar os estados unidos pela destruição e morte durante a segunda guerra mundial. Os estados unidos entraram oficialmente na guerra mundial em 1939, findado 6 anos de envolvimento norte-americano a guerra não clamara a vida de 55 milhões de vidas?

não há manipulação que chegue para dourar a amarga pílula da realidade: o mundo está mais perigoso

Mas o conflito está em curso. Em plena batalha de Inglaterra, os ingleses também poderiam dizer que os mortos e os bombardeamentos aumentaram depois do começo da guerra. Críticos do calibre da articulista não teriam duvidas em concluir que se estava pior e que o mundo estava mais perigoso. Mas as conclusões, más ou boas, têm de ser reunidas no fim.

mais desequilibrado, mais injusto.

Não compreendo porque uma comuna não se encontra feliz. Os atentados de 11 de Setembro provocaram o descalabro do comércio mundial momentâneo. Como consequência provocaram a queda das exportações dos países pobres, o que levou à abolição de dezenas de milhão de postos de trabalho, ao agravamento da miséria e ao alastrar da fome. É um pequeno inconveniente do recuo da globalização a que os seus adversários não pareceram atribuir muita importância. É óbvio que após a reacção inicial aos atentados o planeta gozou uma melhora significativa. A europa ainda que mal não deixou de crescer, a asia desenvolvida e os estados unidos crescem como se 11 de setembro não tivesse acontecido. E o mundo subdesenvolvido, com a china e a india à cabeça crescem a taxas de 10% ao ano.

As desigualdades foram agravadas, as condições de trabalho e de vida de grande parte da população mundial estão a ser niveladas por baixo (de tal forma que se registam já retrocessos civilizacionais).

O espaço é de 6 anos e as conclusões do calibre que a articulista misteriosamente chega são dificilmente alcançáveis. Mas gostaria saber que retrocessos civilizacionais se registram. Será que já não se aplicam integrais e cálculo diferencial no campo da matemática? A locomoção passou a depender das bestas? Teve a articulista de ceder o lombo?

Os países e povos que ousam desafiar a ordem internacional imposta pelo imperialismo norte-americano estão sob ameaça.

Felizmente tiranos não falam em nome de países e de povos, geralmente subjugam-nos e recusam-lhe a voz.

revela que apenas 5% dos norte-americanos ainda acreditam que Bush irá ganhar a guerra.

A articulista está feliz, mas recusa a inteligência. A guerra pode eventualmente correr mal a bush, mas não é só bush a perdê-la. Todos nós estamos a perdê-la e todos nós estamos na fila de espera. Se peças como Afeganistão e Iraque caírem as explosões não serão em Bagdad mas onde nos custa mais. Em Londres, Madrid, Frankfurt, Lyon, Milão. Porque são alvos apetecíveis e mais expostos que o anatema de comunas e terroristas - a américa.