terça-feira, 15 de março de 2011

nada (11)

As frases longas e automaticas de Nadja de Breton levam me a Faulkner, ao sul de Faulkner, a Absolom, um livro de memorias, uma paisagem hermetica de memorias e um pecado original que complica a vida sem ir comer a mesa dos malditos, aquilo que fazemos tem consequencias, uma consequencia humana de materia e de energia cinetica, nada fica impune e as nossas faltas, as nossas falhas destroi a nós e destroi ao proximo, equivale no fundo a adopçao de uma moral, nao por principios nem necessariamente por uma funçao falsificadora, simplesmente um eros moral, a literatura nao substitui a religiao mas pode reclamar o lugar vazio, como farsa, como mito, como substancia moral, nenhum espaço de liberdade e segurança vive no vazio