quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Nada (5)

Ponto inverso ao romantismo, da poesia como um mal sagrado, e o poeta um Prometeo, Bert Klossowski defende o poeta de gabinete, de folego auto-biografico e sem mais tormentas que as de dentro - ele proprio poeta de gabinete, de folego auto-biografico e sem mais tormentas que as de dentro - escreve ensaio com ponto de partida e autoestrada o exito sempre como merito pessoal e o fracasso uma cruz da comunidade historica, na sua comunidade ahistorica, um ensaio triste, uma meditaçao sobre a morte, ou a impossibilidade dela, de espaços vazios e desertos metafisicos, Morfeo, chama-se assim o ensaio, recolhe o fruto sonhado senao tambem o vivido, o trivial passa a plano lirico, sossego burgues e felicidade serena a momentos e o trabalho que liberta e anula. Bert Klossowski, derrotado pelo homem, e salvo in extremis por o que se pode descrever educadamente de vicio, é parente distante de Vilem Vok - pai e mae dialectica de Enrique Vila-Matas, patronos deste sitio sem outra ambiçao que chegar a 2 leitores por dia, eu e mais alguem - nao se propoe a outra coisa como escreve Henry Miller escribid para vuestra personal felicidad, eis Bert Klossowski, escrevendo para a sua felicidade, sem exito