quinta-feira, 29 de julho de 2010

hank chinaski (II)

Reprobo como Rimbaud, miseravel como Verlaine, um Holden Caulfield working class, um Boccaccio cercado pela peste, e peste é dizer pouco, uma peste que se extende invisivel, uma peste que é toda uma filologia, uma filologia reduzida aos baixos fundos. Se ha aqui uma teoria, hiperbolizada e inconsciente, esta é a sua gloria. Ler-lhe a biografia - o seu teatro privado em livro; ham on rye, factotum - é ler-lhe os tumbos (assim em portugues?) que foi dando pela vida - no duplo sentido da palavra - e o desconsolo da derrota de quem ja nasceu anulado, nascer para perder desparafraseando born to kill de full metal jacket, sem ambiguidades. Todo um ceu nocturno iluminado pelas chamas de um inferno metaforico

De tudo o que li do que vai de ano, muito e em excesso, isto é o melhor