domingo, 25 de abril de 2010

celebraçoes e velorios (2)

Perec no seu homem que dorme regressa vivo para contar, como Odiseo que sauda um espectro apos outro na sua viajem ao inferno. Neste caso sem saudaçoes e cortesias. Perec cai no abismo, no seu abismo particular e voluntario e lamenta-se, como um pais lamenta-se, remorde-se de resentimento e que a sua queda - na indigencia, no isolamento - o cortejo funebre siga-o para debaixo da terra, que o mundo entre em colapso, as muralhas, as torres, o chao, os ceus, os tectos. Wishful thinking. Passa o mesmo com o pais, que a choldra desapareça com as demais choldras. O pais caira na irrelevancia, ja é irrelevante, é um pais pobre, sera ainda mais pobre, é miseravel sera mais miseravel, uma fabrica de emigrantes, uma terra de merda com gente de merda, que mais lamentar, que uma falsa elite é meio caminho para a tumba, que esta gente devia estar num campo de trabalhos forçados ou a lamentar cabalas a um pelotao de fuzilamento, nada adianta