domingo, 4 de outubro de 2009

dramatis personae

O narrador funde personagens da vida real para crear os dramatis personae, busca um sentido de justiça na tragedia, um reprocessamento industrial da pessoa humana, sabendo que o sujeito pode ser "la viva representacion de la ruina mas profunda de cuerpo y alma" (L. Stevenson), e em certo modo, "una parte del proceso de destruccion entropica de las formas" (philip k. dick). O narrador, ainda que impotente ante a segunda lei da termodinamica, conheçe o mundo como uma rocha "asentada en las alas de un hada" (Fitzgerald) e a mortalidade um facto irremediavel, vive das partes inferiores da alma, o lado nocturno, para as vomitar sob a luz do meio-dia. O narrador obriga-se a viver a permanente contracorrente da destruiçao que corre por debaixo das artes criadoras